Sala de Espera
 



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Sala de Espera

Cláudio Condurú


Sentado na sala de Espera, sou estátua de sal intransigente. Não obstante, fixo os olhos turvos de um ódio raro nos garranchos que fluem pelas paredes - é, eles me lembram a letra anêmica da garotinha sardenta que vinha brincar comigo no quintal grande quando eu ainda era a criança promissora.
Subitamente, a sala entra em colapso e não espero mais nada. Na verdade, eu apenas estava sentado aqui de bobeira fustigando minha alma com ideias parecidas com as que Mary Shelley teve nos dias em que se preparava para escrever FRANKENSTEIN...

 

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